Já ouviu falar no ChatGPT? O bot foi a uma entrevista de emprego… Será que foi contratado?
O ChatGPT invadiu a internet e as conversas de café, pela capacidade de fazer basicamente tudo. Um processo de recrutamento foi mais longe e, sem saber, uma recrutadora recomendou o ChatGPT para uma entrevista de emprego, conta a Sky News.
Desde o seu lançamento em Novembro passado, a internet tem testado o impressionante modelo de linguagem para ver se realmente é assim tão flexível e “humano”. Num abrir e fechar de olhos, o bot faz de tudo, desde escrever artigos até resolver problemas de informática, colocando os profissionais destas áreas, entre outros, em modo de alerta.
Mas um empresário decidiu antecipar-se e envolveu o software no processo de recrutamento da sua empresa para ter uma ideia se devia ficar preocupado ou não. E a verdade é que acabou por ser seleccionado para uma entrevista.
A candidatura
Tal como os candidatos humanos, o ChatGPT recebeu uma tarefa escrita: «Em 300 palavras, conte-nos o segredo de escrever bem.»
A vaga de emprego era na Schwa, uma empresa de consultoria de comunicação que procurava avaliar os candidatos com base na capacidade de elaborar um artigo ponderado, contundente e apelativo.
Rapidamente, o ChatGPT realizou a tarefa, enfatizando que, por trás de qualquer boa escrita, está a capacidade de «contar uma boa história».
Eis a resposta do ChatGPT à tarefa designada:
O segredo para uma boa escrita é simples: contar uma boa história. Na sua essência, escrever é sobre comunicação e ligação com os leitores. A melhor maneira de fazer isso é contar uma história com a qual eles se identifiquem.
Uma boa escrita é mais do que apenas juntar um monte de palavras e esperar que elas combinem. Trata-se de criar uma narrativa que envolva o leitor e o faça querer continuar a virar as páginas. Trata-se de usar a linguagem para pintar uma imagem viva na mente do leitor e usar a estrutura para guiá-lo pela história.
Mas contar uma boa história não é fácil. Requer uma combinação de criatividade, talento e muito trabalho. É necessário ser capaz de apresentar ideias novas e interessantes e, de seguida, ser capaz de executá-las de forma a captar a atenção do leitor.
Uma forma de melhorar a escrita é expor-se constantemente a novas ideias e perspectivas. Leia bastante e preste atenção à maneira como outros escritores contam as suas histórias. Analise o que funciona e o que não funciona e tente incorporar essas lições na sua própria escrita.
Outro elemento-chave da boa escrita é a simplicidade. Não tente impressionar o leitor com palavras longas e estruturas de frases complicadas. Em vez disso, concentre-se em usar uma linguagem clara e concisa que transmita o seu ponto de vista de maneira rápida e eficaz.
Finalmente, não tenha medo de rever e editar o seu trabalho. Ninguém acerta na primeira tentativa, e os melhores escritores estão sempre dispostos a voltar e ajustar o seu trabalho até ficar o melhor possível.
Portanto, se quer ser um bom escritor, comece por contar uma boa história. Use a sua criatividade e talento para ter novas ideias e, de seguida, trabalhe a sério para executá-las de forma clara e envolvente. Esteja disposto a rever e editar o seu trabalho e esteja sempre aberto para aprender e melhorar as suas competências.
Com essas dicas em mente, estará no caminho certo para criar histórias apelativas e envolventes que cativarão os seus leitores.
Quando as provas foram avaliadas pela equipa, sem acesso a nomes e currículos, não faziam a mínima ideia de que um dos candidatos era um “robô”. Menos de 20% dos candidatos foram seleccionados para a fase seguinte, e a prova do ChatGPT foi uma das poucas que chegou à mesa do empresário Neil Taylor.
«O trabalho dele foi melhor do que o de muitos maus candidatos que recebemos», revelou à Sky News. «Como a tarefa proposta era escrever algo que se destacasse e chamasse a atenção, achei que era um teste verdadeiro.»
A avaliação
O ChatGPT pode ter passado à fase seguinte, mas precisou de algum incentivo extra ao longo do caminho. As primeiras tentativas de redacção foram consideradas por Neil Taylor «competentes, mas enfadonhas».
Só houve melhorias com briefings mais específicos, tendo a prova apresentada recebido o requisito adicional de escrever ao estilo do autor e redactor americano Dave Trott.
«O texto ficou muito melhor, mais enérgico, soou mais opinativo e foi seleccionado», afirmou Taylor. E acrescentou: «Quando disse à recrutadora que ela tinha seleccionado o ChatGPT, ficou um pouco desanimada. Mas ficou mais tranquila quando lhe disse que aquilo tinha dado trabalho».
Devemos ficar preocupados?
As competências de escrita do ChatGPT estão lá, mas mesmo com ajuda ficam aquém do esperado.
Tendo sido treinado em todo o conteúdo existente na Internet, é limitado no que pode produzir pelo que já existe, portanto, o resultado parece principalmente uma representação “seca” de um ser humano mais do que o artigo genuíno.
Por isso, apesar de ter feito o que lhe foi pedido, entendê-lo é outra questão. «É dramatizar a diferença entre algo que é realmente bom e algo que é apenas bom», explicou Taylor.
«Muitas pessoas conseguem produzir bons textos e o ChatGPT também. Por isso, é provável que qualquer escritor, que ganha a vida a escrever coisas aborrecidas, vá perder o emprego.»
O ChatGPT invadiu a internet e as conversas de café, pela capacidade de fazer basicamente tudo. Um processo de recrutamento foi mais longe e, sem saber, uma recrutadora recomendou o ChatGPT para uma entrevista de emprego, conta a Sky News.
Desde o seu lançamento em Novembro passado, a internet tem testado o impressionante modelo de linguagem para ver se realmente é assim tão flexível e “humano”. Num abrir e fechar de olhos, o bot faz de tudo, desde escrever artigos até resolver problemas de informática, colocando os profissionais destas áreas, entre outros, em modo de alerta.
Mas um empresário decidiu antecipar-se e envolveu o software no processo de recrutamento da sua empresa para ter uma ideia se devia ficar preocupado ou não. E a verdade é que acabou por ser seleccionado para uma entrevista.
A candidatura
Tal como os candidatos humanos, o ChatGPT recebeu uma tarefa escrita: «Em 300 palavras, conte-nos o segredo de escrever bem.»
A vaga de emprego era na Schwa, uma empresa de consultoria de comunicação que procurava avaliar os candidatos com base na capacidade de elaborar um artigo ponderado, contundente e apelativo.
Rapidamente, o ChatGPT realizou a tarefa, enfatizando que, por trás de qualquer boa escrita, está a capacidade de «contar uma boa história».
Eis a resposta do ChatGPT à tarefa designada:
O segredo para uma boa escrita é simples: contar uma boa história. Na sua essência, escrever é sobre comunicação e ligação com os leitores. A melhor maneira de fazer isso é contar uma história com a qual eles se identifiquem.
Uma boa escrita é mais do que apenas juntar um monte de palavras e esperar que elas combinem. Trata-se de criar uma narrativa que envolva o leitor e o faça querer continuar a virar as páginas. Trata-se de usar a linguagem para pintar uma imagem viva na mente do leitor e usar a estrutura para guiá-lo pela história.
Mas contar uma boa história não é fácil. Requer uma combinação de criatividade, talento e muito trabalho. É necessário ser capaz de apresentar ideias novas e interessantes e, de seguida, ser capaz de executá-las de forma a captar a atenção do leitor.
Uma forma de melhorar a escrita é expor-se constantemente a novas ideias e perspectivas. Leia bastante e preste atenção à maneira como outros escritores contam as suas histórias. Analise o que funciona e o que não funciona e tente incorporar essas lições na sua própria escrita.
Outro elemento-chave da boa escrita é a simplicidade. Não tente impressionar o leitor com palavras longas e estruturas de frases complicadas. Em vez disso, concentre-se em usar uma linguagem clara e concisa que transmita o seu ponto de vista de maneira rápida e eficaz.
Finalmente, não tenha medo de rever e editar o seu trabalho. Ninguém acerta na primeira tentativa, e os melhores escritores estão sempre dispostos a voltar e ajustar o seu trabalho até ficar o melhor possível.
Portanto, se quer ser um bom escritor, comece por contar uma boa história. Use a sua criatividade e talento para ter novas ideias e, de seguida, trabalhe a sério para executá-las de forma clara e envolvente. Esteja disposto a rever e editar o seu trabalho e esteja sempre aberto para aprender e melhorar as suas competências.
Com essas dicas em mente, estará no caminho certo para criar histórias apelativas e envolventes que cativarão os seus leitores.
Quando as provas foram avaliadas pela equipa, sem acesso a nomes e currículos, não faziam a mínima ideia de que um dos candidatos era um “robô”. Menos de 20% dos candidatos foram seleccionados para a fase seguinte, e a prova do ChatGPT foi uma das poucas que chegou à mesa do empresário Neil Taylor.
«O trabalho dele foi melhor do que o de muitos maus candidatos que recebemos», revelou à Sky News. «Como a tarefa proposta era escrever algo que se destacasse e chamasse a atenção, achei que era um teste verdadeiro.»
A avaliação
O ChatGPT pode ter passado à fase seguinte, mas precisou de algum incentivo extra ao longo do caminho. As primeiras tentativas de redacção foram consideradas por Neil Taylor «competentes, mas enfadonhas».
Só houve melhorias com briefings mais específicos, tendo a prova apresentada recebido o requisito adicional de escrever ao estilo do autor e redactor americano Dave Trott.
«O texto ficou muito melhor, mais enérgico, soou mais opinativo e foi seleccionado», afirmou Taylor. E acrescentou: «Quando disse à recrutadora que ela tinha seleccionado o ChatGPT, ficou um pouco desanimada. Mas ficou mais tranquila quando lhe disse que aquilo tinha dado trabalho».
Devemos ficar preocupados?
As competências de escrita do ChatGPT estão lá, mas mesmo com ajuda ficam aquém do esperado.
Tendo sido treinado em todo o conteúdo existente na Internet, é limitado no que pode produzir pelo que já existe, portanto, o resultado parece principalmente uma representação “seca” de um ser humano mais do que o artigo genuíno.
Por isso, apesar de ter feito o que lhe foi pedido, entendê-lo é outra questão. «É dramatizar a diferença entre algo que é realmente bom e algo que é apenas bom», explicou Taylor.
«Muitas pessoas conseguem produzir bons textos e o ChatGPT também. Por isso, é provável que qualquer escritor, que ganha a vida a escrever coisas aborrecidas, vá perder o emprego.»
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Fonte: hrportugal.sapo.pt
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